Aulas presenciais nas escolas públicas: dúvidas sobre a retomada
- 4 de fevereiro de 2021
- Postado por: APOTEC Vestibulinhos
- Categoria: Novidades Dicas de Estudo

As escolas públicas do estado de São Paulo, além de Amazonas e Pernambuco, se preparam para a volta das aulas presenciais a partir do dia 8 de fevereiro. Acompanhe aqui um resumo do processo e adaptações que as instituições, pais e alunos precisam se preparar.
Retomada das atividades presenciais em escolas públicas do estado de São Paulo
Foram 7 meses sem aulas presenciais para a rede de escolas administradas pelo governo estadual de São Paulo e agora os alunos se prepararam para voltarem as atividades presenciais. As escolas particulares foram liberadas no dia 1º, as escolas municipais de São Paulo retornaram no dia 15, e semana que vem é a vez das escolas estaduais.
O processo tem sido cobrado pelos pais e discutido na justiça. Diante da situação, não faltam consultas a especialistas pelo governo e todas instituições envolvidas. Os profissionais já iniciaram a organização pedagógica, mesmo de maneira remota, junto com as equipes gestoras de ensino. Além disso, os colégios já estão abertos para os estudantes que se cadastraram para receberem merenda.
1) O retorno será imediato para todos os alunos?
O Conselho Nacional de Educação recomenda que haja escolamento, começando pelas últimas séries. Além disso, é a rede quem determina a obrigatoriedade, que em São Paulo, será opcional, já que há instituições prontas para a retomada desde setembro de 2020, enquanto outras, em regiões mais carentes e afastadas, ainda estão corrento para cumprir as regras.
Na rede paulista, as escolas podem receber até 20% da sua capacidade de alunos por dia e eles ficam por até cinco horas no ambiente escolar. A coordenadora de Gestão, Cecília Cruz, explica que cada escola define sua dinâmica de horários de atendimento, sempre respeitando o distanciamento de, no mínimo, 1,5 metros entre os alunos nas salas.
2) Estudantes de grupo de risco são obrigados há frequentas as aulas presenciais?
“Não há prejuízo para os alunos que optem por ficar em casa. Todos, remota ou presencialmente, são acompanhados por professores da sua escola, possuem a oportunidade de participar das aulas mediadas por tecnologia, aulas do Centro de Mídias ou ainda realizar as atividades enviadas pela escola”, garante Cecília Cruz sobre as aulas da rede estadual de São Paulo.
Apesar de terem contato com o conteúdo curricular, é necessário trazer para o ensino remoto situações que mobilizem o interpessoal e socioemocional para estes estudantes. Isto é, competências como criatividade, comunicação, resiliência, abertura ao novo, características que desenvolvemos com o coletivo, que, naturalmente, não podem ser desenvolvidas estando só.
4) As escolas irão fornecer álcool em gel e máscaras para os professores e alunos?
A Secretaria Estadual de São Paulo adquiriu uma série de insumos destinados tanto aos estudantes quanto aos servidores, como 12 milhões de máscaras de tecido, 300 mil face shields (protetor facial de acrílico), 10 mil termômetros a laser, 10 mil totens de álcool em gel, 221 mil litros de sabonete líquido, 78 milhões de copos descartáveis, 112 mil litros de álcool em gel e 100 milhões de unidades de papel toalha. “Esses instrumentos são pré-requisito para o retorno e não adianta fornecer apenas no início e depois não conseguir manter essa organização. Até que tenhamos uma vacina, é essencial ter planejamento e cuidado”, reforça o Mozart Neves Ramos, conselheiro do Conselho Nacional de Educação – CNE.
5) No geral, para retornar as atividades presenciais, as escolas estão fazendo mudanças de horário e infraestrutura?
Em São Paulo, segundo o governo as escolas passaram por adequações como reformas, instalação de totens e dispensadores de álcool em gel. Haverá também distribuição de máscaras e medição de temperatura diariamente. Embora muitas escolas não puderam se reinventar por meio de grandes obras, elas procuraram se adequar com espaçamento entre fileiras nas salas de aula e com ampliação da rotina de limpeza e higienização.
6) Se uma escola não estiver de acordo com os protocolos de higiene, o que fazer?
Em São Paulo, os responsáveis por garantir o cumprimento do plano de retorno são as DREs – Diretorias Regionais de Ensino. É possível entrar em contato com a Diretoria responsável, pelo site da Secretaria Estadual > Localize uma Diretoria de Ensino e informar sobre as irregularidades.
7) Como será garantida a merenda dos alunos?
Nas 5,1 mil unidades da rede estadual, as aulas serão retomadas apenas no dia 8, mas os colégios já abrem a partir de hoje para estudantes que se cadastraram para receber a merenda. “Todos os 3,3 milhões de alunos poderão se alimentar nos dias de aulas presenciais. Para os 770 mil mais vulneráveis, a merenda será servida diariamente”, informou o governo de SP.
Covid-19: Sistema centralizado de controle de infecções
Como ainda estamos enfrentando uma pandemia, além da profilaxia básica, o governo também garante um sistema de controle dos registros de possíveis novos casos na rede. Tudo será centralizado e abastecido pelos colégios estaduais, municipais e privados indicando casos de contaminação de alunos e professores e os contatos que tiveram. Se detectado um caso de coronavírus, o colégio deverá enviar os dados informando se o infectado é aluno, professor ou auxiliar, se pertence a grupo de risco e com quem teve contato. A plataforma vai ao ar a partir da próxima terça-feira.
A estratégia visa a reduzir o risco de surtos nas escolas e também a informar a secretaria sobre os registros de coronavírus e o papel – ou não – do colégio no aumento de casos. A adoção da estratégia foi pactuada com a Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo (Sieeesp), além da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).